Traumatismo dentário: primeiros socorros são essenciais, aponta CRO-MT

11 de outubro de 2016

Traumatismo dentário: primeiros socorros são essenciais, aponta CRO-MT

Traumatismo dentário: primeiros socorros são essenciais, aponta CRO-MT

Acidentes envolvendo a boca e os dentes das crianças são comuns no dia-a-dia. Tanto que, após a cárie, o traumatismo dentário já se tornou o segundo maior problema bucal nesta faixa etária. Na maioria das vezes, o traumatismo atinge os dentes superiores da frente – e, com isso, acaba abalando o físico e o emocional de sua vítima.   

  

Para evitar o pânico e alertar sobre os primeiros socorros, o Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT) dá dicas para que este momento seja menos traumático para pais, professores e, principalmente, crianças. 

  

Assim como o próprio nome sugere, os traumatismos dentários são lesões traumáticas que envolvem os dentes, o osso que os sustentam, os tecidos gengivais e/ou os tecidos moles – como lábios, língua e bochechas. Isto, após uma queda ou batida com a boca. Tais lesões podem resultar desde uma simples fratura do esmalte dentário até a perda definitiva de um dente inteiro com sua raiz.   

  

“Fraturas da coroa do dente são as mais frequentes, mas há outro tipo de fratura mais preocupante: a da raiz dentária. Ainda podem ocorrer deslocamentos do dente para frente ou para trás (nesses casos pode haver fratura do osso) ou ainda para dentro ou para fora – esse último caso é quando o dente é totalmente avulsionado”, comenta o cirurgião-dentista Luiz Evaristo Ricci Volpato, presidente do CRO-MT. 

  

De acordo com um estudo publicado pelo Jornal Americano de Ortodontia e Ortopedia Facial, em 2015, os meninos com idade entre 8 e 11 anos são o principal grupo de risco. Esportes de impacto como artes marciais, futebol, basquete, entre outros, os mantêm ainda mais nessa zona de risco. Nesses casos, o uso de protetores bucais seria o ideal. Ao andar de bicicleta, skate, patins ou patinete, recomenda-se que a criança sempre use o equipamento de segurança. 

  

Assim como, acidentes domésticos também acontecem com mais frequência nos primeiros anos de vida – quando a coordenação motora da criança ainda está em formação e é difícil monitorá-los o tempo todo. “Os mais comuns que podem prejudicar a boca e os dentes são: queda do bebê conforto, desequilíbrio quando a criança começa a andar e a curiosidade em escalar móveis e puxar objetos. É importante que os pais fiquem de atentos”, diz Volpato. 

  

Para evitá-los, nesse período, dentro de casa, é importante estar atento às quinas dos móveis, uso de meias com solado antiderrapante, pisos não escorregadios, cadarços amarrados, escadas, grades nas camas e uma constante supervisão. 

  

DICAS – Como todo e qualquer acidente, é essencial procurar um cirurgião-dentista o mais rápido possível. Aliás, para que as providências sejam tomadas imediatamente, recomenda-se ter o telefone do profissional e do hospital na porta da geladeira para que o tempo seja reduzido até o atendimento. Muitas vezes, na hora do nervosismo as coisas “somem”. Mantenha os contatos sempre à vista. 

  

Se o dente quebrar pela metade, é importante guardar o pedaço fraturado dentro de um copo com leite ou soro fisiológico para levá-lo até o cirurgião-dentista. O profissional poderá utilizá-lo na reconstrução do dente. Já, para sangramentos, é preciso manter a calma. Evite chorar e se desesperar na tomada de decisões. Uma toalha limpa ou gaze umedecida poderá ser utilizada para o estancamento do sangue até o atendimento. 

  

Caso a criança se encontre com a boca inchada, a utilização de gelo enrolado em uma toalha limpa poderá ajudar. Porém, não se deve descartar jamais a ida ao cirurgião-dentista, mesmo quando os dentes parecerem intactos. “Muitas lesões não dão sinais no momento do impacto e a demora no tratamento pode ocasionar a perda do dente –  que pode ter sofrido um dano irreversível na sua polpa (a parte interna dele), que é rica em vasos sanguíneos e inervações”, alerta Volpato. 

  

Ao ocorrer sangramento intenso, cortes grandes, deslocamento das arcadas dentárias ou sintomas como tontura e sonolência, é melhor ir direto para o hospital. Além de existir a possibilidade de o dente entrar na gengiva, a chamada intrusão dental, que deve ser avaliada por meio de radiografia ou tomografia dentária para mensurar o risco ao dente permanente – em formação embaixo do de leite –, será possível rastrear fraturas internas. 
 

ZF PRESS - Assessoria de Imprensa CRO-MT

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